Temos passado cada vez mais tempo sentados em frente a um computador, de modo que a mesa e a cadeira de escritório assumem, junto ao notebook ou desktop, um papel diferenciado em nossas vidas. Essa evolução do espaço de trabalho é uma resposta ao avanço da sociedade, que deve ser compreendida em sua totalidade.
Muita coisa mudou desde a Idade Média, quando intelectuais e escribas realizavam solitariamente suas pesquisas ou anotações das ordens monarcas. Nessa época, em um misto de biblioteca, laboratório e oficina, a superfície de trabalho limitava-se a uma prancha de madeira apoiada sobre cavaletes. Para sentar, nada mais do que banquetas de pernas altas.
Conta a história que foi o naturalista Charles Darwin quem primeiro criou a cadeira de escritório moderna, quando colocou rodas em sua cadeira para ir até seus espécimes com mais agilidade. Depois disso, com o advento do transporte ferroviário, potencializado nos Estados Unidos em meados do século XIX, os negócios empresariais começaram a se expandir muito além do modelo tradicional de administração familiar, passando a se estruturar da maneira como conhecemos hoje.
A indústria moveleira, participante ativa dessa evolução, tem sido desde então alvo de estudos, tanto no Brasil quanto no exterior. No cenário nacional, a década de 1990 marcou a abertura da economia, e vários de seus setores se desenvolveram e contribuíram para o aumento da concorrência – criando alterações no conceito de diferenciação via preço para diferenciação via diversificação e flexibilização de produtos e serviços.
Nesse contexto, a cadeia produtiva de madeira e móveis sofreu grandes transformações, motivadas pelo uso de equipamentos automatizados e de outras fontes de matérias-primas – também por força das pressões relacionadas a questões ambientais, que limitaram a exploração da madeira nobre. O pensamento ecológico, aliás, está tomando espaço na maioria das atividades industriais e num círculo vicioso favorável, forçando toda a sociedade a migrar de ações paliativas para ações ecológicas de grande envergadura no futuro. Os móveis, em virtude de seu elevado consumo de materiais e embalagens, não podem ficar fora desse processo.
Em nossa atuação em projetos comerciais, verificamos que, felizmente, é crescente a preocupação com o desenvolvimento de produtos que atendam cada vez melhor às necessidades dos usuários de mobiliário corporativo, em consonância com as obrigações com o planeta.
Aliar ainda design artístico (aparência física) e funcionalidade tem sido o grande desafio dos profissionais de criação, pois além de belo e ecológico o produto precisa atender às exigências ergonômicas, permitir múltiplos usos e possuir competitividade mercadológica!
Na concepção de projetos corporativos, a formatação do layout é o ponto de partida, e para que ocorra a melhor utilização dos espaços, e se atenda às necessidades de alterações e ampliações das equipes, a correta escolha do mobiliário é fundamental. Mas atenção: antes de partir para a compra é preciso estar a par de todas as normas vigentes.
O estudo das normas regulamentadoras (NRs, do Ministério do Trabalho e Emprego) e das normas brasileiras (NBR, da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT) representa uma forte diretriz na composição dos ambientes físicos de trabalho, pois essas normas orientam sobre os níveis adequados de iluminação, ruído e temperatura.
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